O paralelismo é um recurso de coesão textual, ou seja, promove a conexão das ideias, através de repetições planejadas, trazendo unidade a um texto.
Veja o exemplo a seguir:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA]
Há um desequilíbrio gramatical na frase acima?
Sim! Para respeitarmos o paralelismo, poderíamos reescrevê-la das seguintes maneiras:
1) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORAR O SISTEMA] = utilização de verbos ou
2) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDANÇAS NA DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA] = utilização de substantivos
Veja que, na primeira reescrita, mantivemos verbos no infinitivo iniciando as orações – “mudar” e “melhorar”. Já na segunda, mantivemos bases nominais – substantivos – “mudanças” e “melhorias”.
Desta forma, estabelecemos o paralelismo nas frases.
“Mas como achar o tal do paralelismo?”
Uma dica boa é encontrar os conectivos na frase. Eles são importantes marcadores textuais, ajudando -nos a identificar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. Exemplo:
Queremos amor e ter paz.
O verbo “querer” possui duas ideias que o complementam: “amor” E “ter paz”. O conectivo “e” marca o paralelismo. As estruturas por ele ligadas estão iguais gramaticalmente? Não.
Uma é um substantivo e a outra uma oração. Para equilibrá -las, podemos reescrever, por exemplo, das seguintes formas:
1) Queremos [amor] e [paz] .
ou
2) Queremos [ter amor] e [ter paz].
ou
3) Queremos ter [amor] e [paz].