Blog, Estratégias dos aprovados

publicado em 27 de maio de 2024

Como a Yasmine Lopes se preparou para a fase subjetiva?

Entrevistada: Procuradora do Estado de Sergipe, aprovada em diversos certames (nunca reprovada em fase subjetiva).

Olá, pessoal! Sou a Yasmine Lopes, Procuradora do Estado de Sergipe e professora do Treine. Em todas as fases subjetivas que participei, fui aprovada. Vim compartilhar com vocês pontos que considero fundamentais para esse êxito.

PONTO 1: ESTUDO DOS ESPELHOS DE PROVAS ANTERIORES
Começarei meu relato com esse aspecto, pois ele me permitiu desenvolver os pontos que falarei na sequência.

Não tive medo de ter contato com as provas subjetivas de concursos anteriores. Queria saber o que estava por vir. Até mesmo para identificar quais temas eram explorados (e como eram explorados) e adotar um olhar mais cuidadoso sobre eles.

Explico:
Não me refiro a sair treinando/simulando peças/questões, desde logo, e a esquecer que ainda existe a fase objetiva. Não falo sobre pular etapas (há quem diga “estude para a subjetiva depois de passar na objetiva” – mas que estudo seria esse? É proibido ver questões discursivas antes de aprovado na primeira fase? rs).

Conforme fui avançando no conteúdo das principais disciplinas, busquei provas anteriores para ver quais temas exigiam conhecimento mais aprofundado. Ao revisar esses conteúdos, grifava conceitos, classificações, detalhes que usaria para justificar as respostas das subjetivas.

E mais: essas questões eram mais uma forma de revisar conteúdo; conteúdo este também objeto de questões objetivas.

Era algo que fazia todo dia, como fazia com as objetivas? Não! Mas ao menos uma vez por mês analisava algumas provas anteriores (que pena que não existia o Treine, para ir filtrando por assuntos conforme fosse estudando cada um hahaha).

PONTO 2: CONCEITOS DOUTRINÁRIOS BÁSICOS

Não adianta estar afiado na jurisprudência do STF e do STJ e não saber distinguir conceitos, classificações, princípios… (uma das provas que fiz continha parecer que exigia a distinção entre tributo direto e indireto; e parece “simples”, mas na hora da prova vem o “branco”. Subestimamos o conteúdo básico, deixamos de revisá-lo e é aí que mora o perigo.

Por mais complexa que fosse a pergunta apresentada, a boa base doutrinária construída me permitiu desenvolver bem as respostas.

Tanto nas peças quanto nas discursivas doutrinárias mais abertas, iniciava a fundamentação da resposta com a premissa geral, o conceito, a teoria e seus aspectos, antes de desenvolver o objeto específico. E tais pontos estavam nos espelhos e eu conseguia obter a pontuação.

Ponto 3: FUNDAMENTAÇÃO DOS JULGADOS DOS TRIBUNAIS

Quanto à jurisprudência, não importa a fase do concurso: é fundamental saber o que justificou a tese fixada pelo Tribunal. E na subjetiva isso se intensifica. As Bancas, não raras as vezes, chegam a apresentar a conclusão do julgado e exigir a apresentação dos fundamentos. Saber apenas o dispositivo da decisão é suficiente.

Olhe para a decisão e identifique: qual princípio foi utilizado? Alguma teoria? Qual(is) norma(s)?

Aquele estudo das provas anteriores me permitiu ter esse olhar.
Construí um caderno de subjetivas. Nele inseria tabelas com distinções entre conceitos explorados, classificações importantes… montava respostas de possíveis teses de defesa da Fazenda, discorria sobre divergências entre os Tribunais Superiores e fundamentos de julgados emblemáticos para os entes públicos.

PONTO 4: FAMILIARIDADE COM O VADE MECUM

Estude para a subjetiva com o Vade em mãos. O material cita dispositivo legal? Leia pelo Vade, faça grifos e remissões (assunto para outro post, rs).

Na etapa subjetiva de prova com consulta isso me ajudou a manusear o material com tranquilidade e a localizar de forma ágil os dispositivos legais. Busquei responder aos questionamentos com completude, apontando, caso existentes, os artigos relativos ao tema, conseguindo pontuar conforme os espelhos de correção.

Simulado

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